The Guardian's view on Trump and Zelenskyy: Ukraine deserves more than just "better than we feared"

The Guardian's view on Trump and Zelenskyy: Ukraine deserves more than just "better than we feared"

O resultado do encontro de Donald Trump com Volodymyr Zelenskyy e outros líderes europeus na segunda-feira depende inteiramente de como se avalia a situação. Muitos temiam que se transformasse num desastre semelhante ao tratamento rude que o presidente dispensou ao líder ucraniano em fevereiro passado — uma possibilidade tão real que figuras como Keir Starmer, Emmanuel Macron e Friedrich Merz correram para a Casa Branca para mostrar seu apoio.

Após receber Vladimir Putin no Alasca poucos dias antes, Trump teria sugerido que a Ucrânia cedesse a região de Donbas como parte de um acordo de paz. Mesmo que alguém ingenuamente acreditasse que o Kremlin veria isso como uma resolução em vez de um trampolim para mais agressão, não seria uma "troca de territórios" justa — seria uma anexação que a Ucrânia, compreensivelmente, jamais poderia aceitar. Kiev estaria entregando um território que a Rússia passou anos tentando tomar à força, sem sucesso.

Considerando reuniões passadas, houve certo alívio após as conversas em Washington: as coisas poderiam ter sido piores. Mas pelos padrões diplomáticos normais — quanto mais pelas necessidades urgentes da Ucrânia — a situação era preocupante. No mês passado, Trump ameaçou impor duras sanções à Rússia. A caminho do Alasca, ele alertou para "consequências muito severas" se um cessar-fogo não fosse alcançado naquele dia. No entanto, na segunda-feira, enquanto civis ucranianos enfrentavam intensos ataques russos, ele disse que não havia necessidade de parar os combates enquanto um acordo era negociado.

Deixando de lado a falta de detalhes, competência e consistência do governo — e sua falha em se engajar na diplomacia cuidadosa e comprometida que a paz exige —, os registros mostram que a Ucrânia e seus aliados europeus estão fazendo de tudo para influenciar Trump, de gestos diplomáticos a acordos de armas. Ainda assim, sua bússola sempre parece apontar para Putin. Trump deveria estar ao lado de uma democracia e de aliados tradicionais contra um criminoso de guerra, mas na melhor das hipóteses, ele quer fazer de mediador.

O Kremlin ainda não confirmou se Putin se reunirá com Zelenskyy, como Trump afirmou. Trump diz que os EUA "ajudarão" a Europa com segurança e "coordenarão" esforços, mas não há indicações de que este governo fornecerá o tipo de apoio que encorajaria os aliados a comprometer tropas ou a manter a posição se desafiados pela Rússia. Talvez a conclusão mais positiva de segunda-feira tenha sido como líderes europeus de diferentes vertentes políticas — incluindo a italiana Giorgia Meloni — conseguiram coordenar-se com eficácia. Isso é animador, mas evitar o pior não é o mesmo que construir um plano sólido para o futuro.

Apesar dos recentes avanços russos — alimentados pela perspectiva de diálogo —, esta guerra também está custando caro a Moscou. Putin ainda pode decidir que não é de seu interesse continuar. Mas mesmo que Trump mantenha sua postura mais recente, ela está muito aquém do necessário. A Ucrânia precisa urgentemente de ação para resgatar milhares de crianças sequestradas pela Rússia, de uma promessa de justiça futura e, acima de tudo, de um cessar-fogo antes que mais vidas se percam.

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Perguntas Frequentes
Claro. Aqui está uma lista de perguntas frequentes sobre a visão do The Guardian acerca de Trump e Zelenskyy, com base no editorial fornecido.



Perguntas de Nível Iniciante



1. Qual é o ponto principal do artigo do The Guardian sobre Trump e Zelenskyy?

O ponto principal é que, embora a reunião recente entre os dois líderes não tenha sido um desastre, a Ucrânia merece mais do que o mínimo de apoio dos EUA. "Melhor do que temíamos" não é um padrão suficientemente alto.



2. Quem são Trump e Zelenskyy?

Donald Trump é o ex-presidente e potencial futuro presidente dos Estados Unidos. Volodymyr Zelenskyy é o presidente da Ucrânia, liderando a defesa do país contra a invasão russa em curso.



3. Por que a relação dos EUA com a Ucrânia é tão importante agora?

Os EUA são o principal apoiador militar e financeiro da Ucrânia em sua guerra pela sobrevivência contra a Rússia. Uma mudança na política dos EUA poderia alterar drasticamente o curso da guerra.



4. O que significa "melhor do que temíamos" neste contexto?

Significa que a reunião entre Trump e Zelenskyy poderia ter sido muito pior. O fato de ter sido civil é um alívio, mas é um padrão muito baixo a ser superado.



Perguntas Intermediárias/Avançadas



5. Quais preocupações específicas o The Guardian tem sobre a postura de Trump em relação à Ucrânia?

O The Guardian preocupa-se que os elogios passados de Trump a Putin, sua ideologia "América Primeiro" e sua sugestão anterior de que poderia acabar a guerra em 24 horas sinalizem uma disposição para sacrificar a soberania ucraniana por um acordo rápido.



6. O que o The Guardian acredita que a Ucrânia realmente merece dos EUA?

O editorial argumenta que a Ucrânia merece apoio consistente, de longo prazo e inabalável — incluindo armas e ajuda financeira necessárias — para alcançar uma paz justa em seus próprios termos, não uma imposta por uma grande potência.



7. Como esta visão se relaciona com as próximas eleições nos EUA?

A visão do The Guardian destaca os altos riscos da eleição para a Ucrânia. Um segundo mandato de Trump cria uma incerteza significativa sobre o futuro do apoio dos EUA, tornando o compromisso bipartidário firme agora ainda mais crucial.



8. O que é uma paz justa de acordo com esta perspectiva?

Uma paz justa é aquela que respeita a integridade territorial e a soberania da Ucrânia, significando que qualquer acordo de paz deve fazê-lo.