"We never imagined one song would travel the globe six times over": The Ting Tings reflect on "That's Not My Name"

"We never imagined one song would travel the globe six times over": The Ting Tings reflect on "That's Not My Name"

Jules De Martino:
Katie e eu nos apresentávamos frequentemente em Manchester com nossa banda, Dear Eskiimo. Conseguimos um contrato com a Mercury Records, que prometeu lançar um álbum, mas depois trocaram todos os seus executivos e nos descartaram. Lembro de pensar: "Bastardos". Ninguém atendia nossas ligações. Nos sentimos invisíveis e descartados. Esses sentimentos inspiraram a letra de "That’s Not My Name": "Eles me chamam de Stacey / Eles me chamam de Ela / Eles me chamam de Jane / Esse não é o meu nome".

Para nos recuperar e sarar, começamos a fazer festas. Morávamos no Islington Mill Studios em Salford, um antigo moinho de algodão onde estudantes trabalhavam com designs têxteis. Na época, tínhamos apenas três músicas—"That’s Not My Name", "Shut Up and Let Me Go" e "Great DJ"—então fazíamos apresentações ao vivo, dávamos péssimas sets de DJ com CDs e tocávamos música alta. Eu subia na bateria com um pedal de loop, Katie pegava minha Stratocaster, e liberávamos uma energia art-punk que era incrível.

A música decolou inesperadamente—até crianças e avós cantavam junto. Uma garota que morava no moinho nos disse: "Adoro o que vocês estão fazendo. Posso lançar um disco?" Ela dirigia um pequeno selo chamado Switchflicker, e dividimos o custo de £2.000 para prensar 500 discos de vinil de "That’s Not My Name" e "Great DJ" como um lado A duplo.

Ela nos ajudou a colocar o disco na Piccadilly Records em Manchester, colocando-o sorrateiramente na prateleira. Ela também estava envolvida na cena de clubes lésbicos e começou a convidar pessoas para nossas festas, dizendo: "Eles têm essa música ótima, 'That’s Not My Name'..." Nossas reuniões cresceram de 20 amigos para 40, 60, 80 e mais.

Uma cópia chegou a John Kennedy na XFM, e lembro de Mark Radcliffe exclamando: "Strike a light!" quando tocou na BBC Radio 6. Também estávamos no Myspace, maravilhados quando alguém da Austrália nos curtiu—parecia inacreditável na época. Continuamos nossas festas mensais de sexta-feira, mas o clima mudou quando pessoas da indústria—selos e editoras querendo nos contratar—começaram a aparecer, e elas não estavam lá para se divertir. Apenas três semanas depois, estávamos no hotel Sanderson em Londres negociando um contrato com a Sony.

Katie e eu sempre compusemos juntos em nosso próprio espaço criativo. Produzimos e compomos tudo nós mesmos em nosso home studio e fazemos isso há 22 anos. Nunca imaginamos que uma música nos levaria ao redor do mundo seis vezes.

Katie White:
Sou uma garota da classe trabalhadora perto de Wigan. Cresci ouvindo Spice Girls e todas as boy bands e girl bands dos anos 90. Não terminei a escola direito e acabei no moinho, que foi como um curso intensivo para apreciar culturas diferentes. As pessoas lá discutiam Andy Warhol, Talking Heads, Gossip e Le Tigre. Meu estilo vocal em "That’s Not My Name" mistura a energia das Spice Girls com a ousadia do Le Tigre, cheio de performance e expressão.

Essa música foi incomum para nós. Passou por cinco ou seis versões antes de se tornar "That’s Not My Name". Começou como uma batida e foi evoluindo até que os versos mudaram tanto que virou uma faixa completamente diferente.

Ela não se encaixava bem na cena indie nu-wave/nu-rave da época. A NME nos apoiou brevemente, mas parecia incerta sobre o que fazer conosco quando a música agradou tanto a crianças quanto a avós. Ela disparou em popularidade, mas criou seu próprio espaço único. É uma música atemporal, como "My Sharona", que não soa presa a nenhuma década específica.

A música é usada constantemente no mundo todo—em um grande comercial da Starbucks, em vários filmes, e viralizou no TikTok há três anos. Sempre nos pedem para compor para outros artistas que querem o mesmo tipo de sucesso. É definitivamente... A tecnologia finalmente nos permitiu continuar criando a música que amamos. Somos um casal desde o início, mas mantínhamos isso em segredo na época porque achávamos que poderia desviar a atenção do nosso trabalho. Com poucas duplas por aí e sendo bem reservados, parecia certo. Agora temos uma filha de quase cinco anos. Nos primeiros anos, estávamos constantemente na estrada, nos apresentando três ou quatro vezes por semana. Fizemos turnês sem parar por quatro anos para promover nosso primeiro álbum. Normalmente, ter uma família significa desacelerar em algum momento, mas continuamos abraçando todas as oportunidades, dizendo: "Sim, vamos fazer turnê na América do Sul!" e "Sim, vamos ao Japão de novo!" Foi tudo incrivelmente emocionante. O novo álbum do The Ting Tings, Home, já está disponível.

Perguntas Frequentes
Claro! Aqui está uma lista de Perguntas Frequentes úteis e claras sobre The Ting Tings e seu sucesso "That’s Not My Name".



Perguntas Frequentes: The Ting Tings - "That’s Not My Name"



Perguntas Básicas



1. Quem são The Ting Tings?

The Ting Tings são uma dupla pop inglesa formada por Katie White e Jules De Martino.



2. Sobre o que é a música "That’s Not My Name"?

É uma música sobre a frustração de se sentir invisível e ser repetidamente ignorado ou chamado pelo nome errado, inspirada por experiências reais da banda no início de sua carreira.



3. Quando "That’s Not My Name" foi lançada?

Foi lançada em 2008 como o single principal de seu álbum de estreia, "We Started Nothing".



4. A música foi um grande sucesso?

Sim, foi um sucesso global massivo. Alcançou o 1º lugar na UK Singles Chart e tornou-se um top 10 em mais de 10 países.



5. O que significa "viajar pelo globo seis vezes"?

Esta é uma forma metafórica divertida de dizer que a música foi tocada um número incrível de vezes mundialmente—tantas que, se cada execução fosse uma jornada, ela teria circulado a Terra seis vezes.







Perguntas Avançadas e Detalhadas



6. O que inspirou as letras específicas da música?

As letras foram diretamente inspiradas por um período em que as gravadoras e pessoas da indústria consistentemente esqueciam o nome de Katie White ou a chamavam de "Katie Ting Ting", tratando a dupla como uma reflexão tardia.



7. Qual é o estilo musical desta música?

É uma mistura de dance-punk e new wave, com um refrão cativante e repetitivo, uma batida de bateria pulsante e vocais assertivos e gritados.



8. Como o sucesso deste single impactou a carreira deles?

Catapultou-os de uma dupla indie desconhecida para estrelas internacionais da noite para o dia, mas também criou uma enorme pressão para replicar esse sucesso, que eles descreveram como sendo tanto uma bênção quanto um desafio.



9. Quais são alguns equívocos comuns sobre a música?

Um equívoco comum é que é apenas uma música pop simples e irritada. Na realidade, é um hino inteligentemente elaborado sobre autoafirmação e a luta por reconhecimento em uma indústria desdenhosa.